quarta-feira, 20 de maio de 2009
Quem tem medo de agulha?
Capaz de aliviar dores que variam de osteoporose (enfraquecimento e dores nos ossos) a enxaqueca, a acupuntura é um método de tratamento considerado complementar de acordo com a nova terminologia da Organização Mundial da Saúde (OMS). Uma lista, editada pelo órgão, citou 41 doenças que apresentaram excelentes resultados com a técnica.
Como funciona a acupuntura
A aplicação das agulhas é feita em partes definidas do corpo, chamadas de "Pontos de Acupuntura", sendo que cerca de dois mil estão distribuídos pelo organismo. O estímulo dessas áreas alivia o fluxo de energia, permitindo a cura.
"Esta técnica, ligada à medicina chinesa, trata de uma infinidade de doenças não só como um tratamento preventivo, mas também de processo de cura", afirma a fisioterapeuta com especialização em acupuntura pela Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo Cátia Silveira. Há oito anos ela aplica a terapia e assegura que as pessoas precisam buscar informação. "A maioria das pessoas pensa que esse é um processo místico ou religioso", relata.
Alguns pesquisadores ocidentais acreditam que a acupuntura funciona pelo estímulo do sistema nervoso central (o cérebro e a medula espinhal), onde são liberados compostos químicos chamados de neurotransmissores e hormônios. Eles aliviam a dor e regulam várias funções corporais.
A paciente da Clínica Fisioclin Suzana Sehn revelou que não acreditava em mais nada, até começar a utilizar a acupuntura e outras técnicas. Segundo ela, é preciso tratar o corpo como um conjunto (mental e físico), até alcançar o equilíbrio. "Acho fantástico como a acupuntura é eficiente em alguns casos de dor, sendo que os resultados já são sentidos com uma única sessão. Para outras doenças, é preciso um tratamento mais longo" explica Suzana.
No Brasil existe a Associação Brasileira de Acupuntura que foi criada para estudar, divulgar e promover os ensinamentos da Acupuntura, através de pesquisas, cursos, conferências, congressos e publicações. Também é tarefa da organização, promover o intercâmbio no país e no exterior com instituições similares, e colaborar com os órgãos governamentais com subsídios para aperfeiçoar a regulamentação e a fiscalização do ensino e prática da Acupuntura.
Cátia garante que o Brasil teria uma economia com medicamentos, exames e cirurgias se investisse na acupuntura. "Devido ao nosso sistema de saúde cheio de falhas e com recursos parcos, se a técnica, que é acessível e não requer muitos recursos, fosse adotada no país seria de enorme economia", conclui.
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