As pessoas estão se acostumando cada vez mais com o ritmo intenso do dia-a-dia. Trabalho, produtividade, administração do tempo, eficiência são preocupações constantes, que tornam cada vez mais difícil parar, desconectar-se de tudo.
Há algum tempo, o designer Marcelo Boher idealizou uma prática em que, para buscar mais qualidade de vida e evitar o estresse do corre-corre diário, era necessário parar e fazer nada, sem sentimento de culpa.
Lançado em 2006 no Brasil, o movimento acabou dando origem ao Clube de Nadismo, que disponibiliza um calendário de eventos para a prática. Eles são públicos e acontecem no mínimo uma vez por mês sempre em belos e tranquilos parques. Os interessados que se associam recebem por e-mail a programação dos eventos com data, local e dicas especiais, podendo programar-se para fazer nada.
A psicóloga Madalena Santos explica que para a técnica ser realmente proveitosa é necessário que o praticante não se sinta culpado por não estar produzindo, por estar ocupando seu tempo fazendo nada. “Esses momentos devem priorizar reflexões sobre outras questões, e não a meditação sobre assuntos que possam gerar mais estresse físico e mental”.
Além de ser extremamente gratificante e saudável, o nadismo tem o objetivo de nos levar a dar mais valor ao nosso tempo e a refletir sobre como o ocupamos. Segundo Fernanda Grabauska, que participou de um encontro no parque do DMAE, em Porto Alegre, “o nadismo é demais!!! muito relaxante”. Ela conta que basta levar uma canga (ou algo para deitar-se sobre a grama), e ficar cerca de 45 minutos relaxando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário